domingo, 10 de agosto de 2008

Entretanto,

depois de mil planos sem fim, como quem rasga as teias do futuro e despenca num abismo, voltei.

Voltei àqueles mesmos rostos amáveis, dissolvidos em suas amarguras brandas de adolescente.
Àqueles mesmos rostos ignorantes e fúnebres, alheios e tolos, assim como o meu.

É quando me deito, cansado e só, e enfim se fecham as pálpebras do dia, que retomo meus sonhos quase certos de outrora e vejo que vão desbotando no horizonte, ao longe.
Entre as frias horas de drama bobo e sofrimento forjado, enxergo que não caibo na felicidade-tese dos outros e que a minha permanece em retalhos.

Amigo, você não sabe mais, eu sei.
Sigo nos dias derivados dos vinhos de ontem buscando o amanhã.
Sigo assim,
feliz protagonista de mim.