Salve-me Deus, da rotina.
Dos passos mortos no corredor
Das palavras pobres, sem sentimento
Das brigas sem ódio
Do ócio, e da falsa paz
Salve-me Deus, da rotina
Da ausência do cheiro
Dos jornais matinais
Das risadas cativas, com álcool
Do domínio, do controle
Salve-me Deus, da rotina
Salve-me, e me deixe mentir
Que vivo, e que sei viver
Luiz Felipe Leal